domingo, 6 de agosto de 2017

Cantiga de amor

Oh! Minha amada
Por que casas-te com El-rei?
Se sou eu de quem vós mercê gosta!
Se sou eu com quem  vós mercê sonha!

Matastes a esperança,
E enterrastes o meu coração,
Com a promessa de nos casarmos,
Assim que eu retornar,
Dessa equivocada batalha.

Oh! Meu amado
Eu só casei com El-rei,
Por que eu achava que vós mercê estivesses morto,
Após tantos anos sem notícias!

Matastes a esperança,
E enterrastes o meu coração,
Na angustia reprimida,
De vós mercê nunca volta,
No seu cavalo branco.

Oh! Minha amada
Oh! Meu amado
O que vamos fazer,
Para El-rei nunca perceber,
Do grande amor que agente senti,
Um pelo o outro.

Liberta-me! Liberta-me!


Liberta-me! Liberta-me!
Para longe de mim,
Essa falsa flor,
Coberta de espinho.

-Eu busco em te:
Oh! Flor, amor.

Não quero sentir essas mãos dolorosas, sobrenaturais!
Sem amor! Elas só torturam.

Oh! Espinho, amor:
Não se inventa amor! Não se inventa amor!

As tuas falsas juras não aliviam,
Só  enlanguescem mais as feridas!

Os teus olhos me cegam,
E não me deixam ver saida!

Não me beije se esta morta a flor!
Não quero espinho,amor! Não quero!
Deixa-me!

Liberta-me! Liberta-me!
Dessas mãos dolorosas, sem amor.

A mulher dos meus sonhos


A mulher dos meus sonhos,
Anda sobre o tempo!
Anda sobre o mar!
Anda sobre a terra!
Anda sobre o céu.
.
A mulher dos meus sonhos,
É feita de neve!
É feita de rocha!
É feita de fogo!
E as vezes é feita de nada.

Tire a máscara da ilusão


Tire a máscara da ilusão,
Mostre o teu rostro,
Se é belo ou não?

Deixa-me ver o teu sorriso,
Se é como o sol, 
Pela cortina penetrando?

Tire a máscara da ilusão,
Mostre o teu segredo,
Que a tua face esconde!

Se é bela por dentro,
Ou é fria, sombria?
Se você não teme,
Então porque se esconde!

Em você


Em você eu vi o amor!
Em teus olhos a infinidade!
Em tua beleza o encanto,
E em teu corpo o meu desejo.

Amarejar



Oh! Rosa do deserto!
Tu que és de vento,
Sobrevoas o meu pensamento.

Não quebre as minhas asas!
Espante o vazio que me guarda,
Neste rigoroso céu sem alma.

Vem meu amor tão distante,
Sobre as dunas de minha vida,
Sombrear este oásis que o sol castiga.

Oh! Rosa imaginativa!
Tu que cavalga só,
Nas areias do meu penar.

Não tardas com o teu pensar!
Vem sem miragem na tempestade,
Colher o fruto da saudade.

No deserto eu estou a te deseja!
Os meus olhos vivem a te serpentear,
Procurando a luz do teu olhar.

Oh! Rosa do deserto!
Oh! Rosa imaginativa!
Em que tendas te seguras,
Odalisca de minha vida.

Espanhola



Longe de ti,
Eu bebo o teu perfume!
Eu choro,
Sem a primavera de teus risos!
O meu coração desmaia pensativo,
Sobre o leito do amor em flora.

És o céu de minha doce aurora!
A minha rosa Espanhola!
O mar de amor onde vagam os meus desejos!
Vem reclinar-te em meu peito,
Com sussurros de amorosos beijos.