( Dedicado a Vanuza Maria Barbosa)
Se meus olhos atravessassem,
A neblina fria, e intransponível!
Eu veria reluzir além dos montes,
O sol de minha vida ressurgindo.
Com as asas da esperança patenteando,
Sobre as águas desse lago azul,
Que me prende pelas mãos,
Numa solida solidão!
Não tardas coração,
Pela aurora distante!
Os sonhos se tornaram espumas,
E pertencem ao vento.
Os lírios, e as rosas,
Que antes flamejavam em mim,
Hoje sentem frio,
E no seu espelho ilusionista recria,
Um falso Oasis me dando vida.
Gaivota que no céu habita,
Seja a minha voz,
E além dos montes avisa,
Que há uma imagem triste vagando,
Sobre as folhas de Outono.
Eu quero tanto, tanto!
Uma canção libertina,
Para dizer que ainda eu sinto,
Dos teus lábios o doce amora.
Emoção!
Anjo dourado,
Me leves em teu alado!
Sobre a chuva sem tristeza,
Feito de rosas, e estrelas.
Há um sonho do outro lado!
Um par de olhos apaixonados!
Um sol que se exila,
Com o coração machucado.
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